segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Bye, bye Transilvânia

Leve momento de inspiração dentro do trem.

Depois de quase 60 dias, finalmente chega ao fim minhas aventuras pela Transilvânia. Infelizmente não conheci o Drácula, mas agora sei o porquê dele ter escolhido passar a vida toda nesse país chamado Romênia. País lindo, frio e repleto de pessoas maravilhosas. País que eu aprendi a chamar de lar e no qual eu vivi a melhor experiência da minha vida.

Na Romênia, eu deixo muito mais do que amigos. Eu deixo uma família, um amor de inverno e um pedacinho do meu coração que prometi voltar para buscar um dia.

Cada segundo por aqui valeu a pena. Desde os primeiros dias nos quais eu não conseguia me adaptar ao frio, até os últimos minutos atrás, quando perdi a hora e tive que embarcar com o trem em movimento para não perder a viagem.

Minha paixão por esse país é inegável. É só você contar o numero de festas de despedidas que fizeram para mim, pois a cada dia eu adiava mais a minha partida, que você vai conseguir entender o que estou falando.

E se a Romênia foi o meu lar, a cidade de Brasov foi o meu porto seguro. O mais frio de todos os portos seguros, mas ainda sim, um dos melhores. Brasov se tornou a minha segunda Salvador e os seus 500.000 mil habitantes, meus mais novos conterrâneos.

Tudo o que eu tenho a dizer agora é obrigado: Obrigado Romênia pela hospitalidade. Obrigado AIESEC por mais essa oportunidade de crescimento. Obrigado pai e mãe pela confiança e por mais esse investimento no meu futuro.

E a mensagem que eu deixo já virou clichê na AIESEC, mas eu aprendi que nunca é demais repetir: FAÇA O SEU INTERCÂMBIO. Viva essa experiência e cresça, deixe saudades aonde você for, aprenda, conheça pessoas do mundo todo, faça novos amigos e amores, viaje, chore nas despedidas e o mais importante, guarde na Memória milhões de histórias para contar.

Hoje eu me despeço da Romênia mais madura, independente, corajosa e segura das decisões que quero tomar daqui pra frente. Amanhã eu inicio a minha Eurotrip uma nova mulher.

E quer saber? Eu vou, mas um dia eu volto.

Saudades de tudo e de todos na Romênia.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Duas décadas de vida regadas a tequila, viagens e romenos

Muito tempo sem escrever e agora poucas linhas para contar tantas aventuras. A última vez que estive aqui ainda tinha 19 anos, mas uma semana depois, finalmente comemorei minha segunda década de vida. E pra falar a verdade, comemorei em grande estilo: na Romênia, com novos amigos loucos, tequila, cachaça, roll calls e muitos sorrisos.

Definitivamente, cada dia mais eu amo esse país.

Depois de me recuperar das quedas no snowboarding, meus dias só melhoraram. Festas, diversão, viagens e neve não faltaram. Lidwina e eu, não conseguimos mais ficar no dormitório, o qual está cada vez mais apertado devido a imensa quantidade de souvenires, salgadinhos e visitas que a gente recebe.

No fim de semana passado após uma festa de despedida louca para a australiana e a chinesa, pegamos o trem e fomos à Sinaia no sábado conhecer o lindo Castelo Pelles. E claro, após voltarmos de lá nada melhor que uma festinha na casa de amigos regada a uma das mais tradicionais bebidas romenas: Palinka. No domingo comi pela primeira vez no KFC e de noite fomos à final da copa romena de Hockey no Gelo. Apesar de não entender nada sobre o jogo, me diverti muito e gritei igual a uma louca. E a melhor parte foi que sentamos ao lado dos torcedores mais animados do estádio, que acabaram virando nossos amigos e o que acabou me rendendo até um pedido de casamento ao final do jogo. A pior parte foi que o time que estávamos torcendo – Brasov – perdeu o campeonato.

Durante a semana foi a vez de comemorar o meu aniversário. Na segunda, dia 31 demos uma festinha no dormitório com alguns AIESECos e outros amigos que fizemos durante nossa estadia aqui. E durante o meu grande dia – 1º de fevereiro – para diminuir a minha saudade de casa, Lidwina passou o dia no meu trabalho. Compramos um mini-bolo e chocolates para a alegria das crianças e professoras. De noite, passamos no escritório da AIESEC e depois fomos comemorar bebendo tequila com amigos em um dos mil pubs da cidade. Detalhe que nossa noite só foi terminar por volta das 6h da manhã em mais uma festa no dormitório. Ou seja, nem preciso dizer o quanto foi difícil voltar ao trabalho nesse dia.

E é claro que meu maior presente de aniversário foi finalmente ter conseguido falar com meu pai =))

Na sexta, voltamos à estação de ski. E o fato é que Lidwina está apaixonada por um dos instrutores do local onde alugamos os equipamentos - o que na verdade é bom, já que dessa vez ganhamos um enorme desconto.

Confesso que desisti do snowboarding, e não quero me gabar, mas juro que ainda sei esquiar muito bem. E as únicas vezes que caí durante o dia foi quando tentei ajudar Lidwina a ficar em pé e depois, quando já não tinha mais forças para carregar os equipamentos de ski e a melhor solução que encontrei foi me jogar na neve e esperar por ajuda.

À noite, após jantarmos em um tradicional restaurante de comida romena, decidimos que aquele seria o nosso dia e resolvemos nos arriscar a ir sozinhas em uma das boates da cidade. E pra variar, foi uma daquelas noites de muita animação e tequila. Inclusive, fiquei amiga do DJ e acabei ficando ao lado dele durante uma parte da noite, o que me fez lembrar e ter saudades daquelas noites de festa na CONAL.

No sábado deixamos a ressaca de lado e acordamos bem cedo para viajar com as turcas até Bran, onde fica o famoso castelo do Drácula – na verdade esse castelo pertencia a antiga família real romena. Ele é conhecido como castelo do Drácula, pois foi local de filmagem do filme mais famoso sobre esse conhecido vampiro.

O nosso único problema foi que nos perdemos no caminho até a estação de trem, o que acabou gerando horas de caminhada desnecessária e atrasou toda a nossa viagem.

E finalmente aqui estou eu. Acabo de voltar de Sighisoara, a verdadeira cidade onde nasceu Vlad Teps (o famoso Drácula), e depois de 3 horas dentro de um trem, tudo o que eu quero é dormir, dormir e dormir.

Amanhã começa minha ultima semana de trabalho e estou tentando não imaginar o dia em que me despedirei das minhas fofas e lindas crianças. Mas a vida é assim mesmo... Em dez dias dou adeus a Brasov e embarco para Timisoara, onde visitarei alguns AIESECos e depois parto em direção à Hungria, a primeira parada na minha Eurotrip.

Espero voltar a postar logo.

Saudades antecipadas da Romênia.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Quedas, hematomas e muito Snowboarding

Depois de 6 horas praticando snowboarding, eu sinceramente não consigo acreditar que a minha pior queda ia acontecer justamente em casa. Há uma hora atrás, aqui estava eu, feliz e contente descendo as escadas atrás do melhor sinal de wi-fi, quando de algum modo minhas pernas pararam de funcionar e eu rolei uns 10 degraus abaixo. Sim, eu estou bem e viva. E a melhor parte é que meu computador também sobreviveu. Foi o cansaço que fez isso.

Mas enfim, depois desse incidente inesquecível acima, o melhor que tenho a fazer é relatar o quão maravilhoso, cansativo e doloroso foi o dia de hoje.

Acordamos às 08h00min da manhã – Eu, Lidwina e Genie (a trainee neozelandesa) – e começamos a nos preparar para o longo dia que nos esperava, que felizmente, apesar de muito frio, estava bem ensolarado. No caminho até a estação paramos num pub e bebemos nosso tradicional chocolate quente. E depois de perder o primeiro ônibus, finalmente chegamos a Poiana, a estação de ski.

Parte I: alugar o equipamento

Essa foi a parte chata e cara. Como não tínhamos calças apropriadas, tivemos que comprá-las, pois em nenhum lugar alugavam-se roupas. O bom é que agora tenho roupas para praticar esportes na neve em qualquer lugar.

Assim que descobrimos um legal e com pessoas bem atenciosas para alugar os equipamentos, Genie e eu resolvemos ficar com o snowboarding enquanto Lidwina preferiu o ski.

Parte II: os primeiros passos

De todos os esportes que eu pratiquei na vida, definitivamente nada foi tão difícil quanto o snowboarding. E eu sinceramente cheguei a pensar que seria fácil já que havia aprendido com certa facilidade a esquiar no Chile

Depois de 1 hora de aula com um instrutor de merda, que tinha um inglês pior que o meu e só sabia falar para mim ‘‘Vamos a La plaia?’’, eu e Genie tivemos que nos arriscar sozinhas. E foi nessa hora que começaram os tombos feios.

Descer a montanha, ficar em pé na prancha e mudar de posição foram as partes menos difíceis. O impossível mesmo era parar sem correr o risco de quebrar algum membro do corpo.

Parte III: os salvadores da pátria

Depois de cair, cair, cair, cair, cair e cair de novo, eu deitei na neve e gritei para Genie: - ‘‘I don’t wanna do this anymore. I Will never learning how to stop!’’ – E foi nessa hora que dois anjos em forma de meninos-sarados-e-praticantes-de-snowboarding ouviram meu apelo e se ofereceram para nos ajudar.

Eu juro, em uma única descida pela montanha com um deles, aprendi muito mais que em uma hora com aquele instrutor idiota. Talvez fosse por causa do sorriso que ele me dava toda vez que eu fazia cara de medo, talvez fosse porque cair com ele era mais divertido, ou talvez fosse somente porque ele era melhor instrutor. Mas o importante é que eu aprendi a parar – e mesmo depois de ter descoberto que meu anjo já tinha namorada.

Parte IV: a volta para casa e os hematomas

Depois de aprender a parar, tudo ficou mais divertido. Continuei caindo, confesso. Mas enfim comecei a acreditar no meu potencial.

E após horas de tombos e risadas, o lindo sol enfim desapareceu, o que nos fez pegar a estrada de volta para casa.

Sentada no ônibus foi que eu comecei a perceber o quanto meu corpo doía. Minhas pernas já não me obedeciam mais, meus dedos racharam por causa do gelo, meus joelhos imploravam por um fisioterapeuta, minha bunda doía só de pensar em ficar sentada e até meu cabelo estava congelado. Isso sem falar na minha cabeça, que provavelmente vai doer até a semana que vem depois de ter batido ela com tudo no chão duro de neve, e nas marcas roxas que vão ficar comigo por um bom tempo.


Mas assim que as dores passarem com certeza voltaremos lá de novo. Pois além de ter sido uma experiência incrível, a diversão esteve conosco todo o tempo. Tiveram os tombos inesquecíveis, eu e Genie rolando na neve com os nossos anjos, o instrutor chato, Lidwina e seu gorro em formato de panda e nossas guerras de bola de neve.

Ah, e o mais legal foi que finalmente conheci um brasileiro por aqui. Depois de mais de três semanas tive meu primeiro contato direto com a língua portuguesa, o que me fez ficar falando igual a uma tonta. Mas quem ficou feliz mesmo com a presença do brasileiro foi Lidwina. Como os dois estavam tentando aprender a esquiar, eles acabaram ficando juntos a maior parte do tempo. O chato é que ele só está de passagem pela Romênia, em um ou dois dias ele se manda para continuar sua Eurotrip.

Bem, amanhã é dia de voltar ao trabalho. Provavelmente vou ter que fazer um esforço imenso para disfarçar o cansaço e as dores nas pernas. E depois dessa ultima queda nas escadas, vou começar a tomar mais cuidado para não sair despencando por aí.

E mãe, largo logo a dica: com João passando no vestibular, temos que voltar a viajar em família esse ano. E sugiro Bariloche, ou Chile de novo.

Saudades de ter um bom gelol à minha disposição.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Tranquilidade e despedidas pós-weekend

Amanhã eu completo 3 semanas de trabalho. Ou seja, acabo de chegar na metade do meu intercâmbio. E as idas e vindas de trainees por aqui não param - somos poucos, mas o fluxo é grande. Ontem nos despedimos de nossa amiga da Moldova, na sexta será a vez da neozelandesa e no dia do meu aniversário, a chinesa que foi minha primeira colega de quarto estará se despedindo rumo ao seu país..

Mas como eu falei, as vindas também não param. E para matar minha saudade da língua portuguesa e do calor brasileiro, dois conterrâneos estão chegando!!! E parece que um deles é homem, o que vai fazer a alegria das minhas colegas de dormitório.

E enfim, como sempre as coisas vão ótimas por aqui. O fim de semana foi super agitado, apesar da neve que não nos dá trégua desde sexta-feira. No sábado à noite fomos naquela boate minúscula de novo e pela primeira vez na minha vida bebi shots de tequila por R$3,00 (ou mais ou menos o equivalente a isso) - Tentem imaginar a nossa alegria ao sair de lá às 3hrs da manhã, afundando na neve e correndo atrás do Mc Donald's.

No domingo, felizmente, a ressaca não bateu. Mas infelizmente, perdemos o horário do trem e não fomos conhecer o castelo do Drácula. Acabamos indo na estação de ski, no que provavelmente, deve ter sido o dia mais frio de toda a minha vida. Não deu para esquiar ainda, mas o passeio foi incrivelmente bom. O lugar é lindo, apesar de ter me sentido congelada na maior parte do tempo, e vamos voltar lá ainda nessa semana para praticar Snowboard.O fato trágico, porém engraçado, é que enquanto três de nós estávamos passeando de bonde para conhecer a maior de todas as pistas e apreciar a vista (detalhe: chegamos a uma altura maior que 2000m), as duas turcas ficaram na estação e uma delas acabou rolando montanha abaixo enquanto brincava na neve. E o que aconteceu? Voltaram para cidade dentro de uma ambulância. - Ela está bem gente, juro. A ambulância foi só um cuidado extra dos romenos.

Bem, com o fim do final de semana, começou mais uma semana tranqüila no trabalho. Por enquanto nada de ervilhas e até ganhei um dia de folga para ir na estação de ski. Minhas crianças estão cada dia mais fofas e cada dia aprendem mais rápido. Fico toda emocionada quando me pergutam ''May I go to the bathroom?''.

Ah, por sinal estou começando a ser alfabetizada em romeno junto com elas. Já tenho um caderninho e tudo :)

A única parte ruim é que meu deus grego nunca mais apareceu. Mas não importa - apesar de dizer que não estava interessada em um romance romeno - conheci um cara super fofo e combinamos uma guerra de bolas de neve em algum dia dessa semana.

E queria dizer que o meu brigadeiro fez um enorme sucesso por aqui. Vocês podem até não acreditar (sei que Melissa e Tatiana estão rindo da minha cara agora) mas eu consegui! Entretanto, não posso dizer o mesmo da comida que as turcas prepararam. Não é que as criaturas foram fazer justamente macarrão com ervilhas?! #putafaltadesacanagem

E só um recado para meus amigos lindos e fofos da AIESEC Salvador: JOGUEI MÁFIA COM O PESSOAL DO CL daqui e tive uma crise de saudade de vocês.

E só mais outro recado. Dessa vez para todos os AIESECos que estão lendo o meu blog. Caso alguém tenha ficado interessado(a) em vir conhecer essa cidade maravilhosamente fria sobre a qual eu tanto tenho falado, não deixem de entrar em contato comigo. O escritório local consta com 10 TNs availables e a maior parte dele são DTs e ETs para quem deseja trabalhar ensinando crianças, assim como eu.

Meu e-mail é: mariana.aiesecss@gmail.com

Saudades do meu pai e de jogar máfia com meus AIESECos soteropolitanos.

Ps: Semana que vem é o meu aniversário. Quero presentes embalados com palavras carinhosas.






quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A alegria também mora aqui

Hoje, para a minha tristeza, voltou a nevar. E para piorar as coisas, foi um daqueles dias cheio de ervilhas lá no jardim de infância. Mas nada que um bom casaco e uma passada rápida no melhor fast-food da cidade não resolvam. Ou seja, nem todo o frio e nem toda ervilha do mundo vão me arrepender de ter vindo parar justo aqui, em Brasov.

E como sempre, as novidades são as melhores.

Para começar, queria dizer que finalmente eu e minha nova colega de quarto tomamos vergonha na cara e fizemos uma faxina na nossa humilde residência. Nosso único problema, entretanto, é que a luz do banheiro queimou e já estamos a quase 5 dias tomando banho no escuro (¬¬). Mas para nossa sorte, o presidente da AIESEC Brasov, em pessoa, prometeu vir trocar a nossa lâmpada amanhã.

Por falar nisso, eu e ela estamos nos dando super bem. O nome dela é Lidwina e ela consegue ser tão desorganizada e tagarela quanto eu.

E com a ida da australiana para casa, chegaram mais duas novas trainees da Turquia para nos fazer companhia. Juro que apesar de não lembrar nunca o nome delas, a gente tem se divertido bastante e formamos quase um quarteto fantástico agora. Traçamos um plano de metas para o nosso intercâmbio no quesito relacionamentos, e criamos uma solução para os momentos de tédio: dançar roll calls nos corredores do dormitório.

Bem, para continuar, queria dizes que comecei meu CEED na AIESEC daqui. Hoje, depois do trabalho, corri para o escritório e tracei junto com o LCP e o VPICX minhas metas e objetivos. E fiquem orgulhosos, vou facilitar a primeira sessão em inglês da minha vida.

Quanto ao trabalho, só o mesmo de sempre. Amo minhas crianças e juro que podia passar o dia todo com elas. Ah, e as ultimas fofocas do jardim de infância:

  • Uma das crianças tem dois pais que supostamente são casados
  • Uma das crianças tem um Deus Grego como irmão – objetivo de vida agora é descobrir se ele já tem namorada

Por fim, queria dizer que vou bem. Muito bem. Minha única chateação é ver os dias passando tão rápido. Quanto mais o tempo passa, menos eu sinto vontade de que o intercâmbio termine. Mas fazer o que, é a vida. Sei que depois dessa, muitas outras oportunidades boas ainda virão.

E amanhã será despedida da trainee da Moldova. E como tal, iremos fazer um jantar, onde cada um cozinhará um prato. Ou seja, me desejem sorte!

Quase me esqueci, preciso fazer um obs rápido sobre a festa de despedida da australiana.. Foi definitivamente uma daquelas noites que ficam para a história. Começamos num restaurante, no meio do caminho paramos num pub - onde tomamos, ganhamos e inventamos drinques - e por fim, acabamos a madrugada na menor boate que já botei os pés na vida. Ufa, só os romenos mesmo.


Saudades das minhas amigas e de ter iluminação no banheiro.

LEGENDA para não-AIESECos:

1. Roll call – danças criadas pelos membros

2. CEED – trabalho em outro escritório da AIESEC

3. LCP – presidente de um comitê local

4. VPICX – vice-presidente de intercâmbios

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Notícias, please.

Finalmente, depois de 4 dias, consigo usar a internet. E confesso, o sinal voltou em boa hora. Já estava aos nervos atrás de notícias sobre o Brasil. Desde que acordei, todos por aqui ficam me perguntando o que aconteceu. A verdade é que foi horrível. Me falaram de centenas de mortos, de desabamentos e de muita chuva. Mas ninguém soube me dizer o nome da cidade ou do estado em que isso aconteceu.

Enfim, agora sei que todos que conheço estão bem. Ou pelo menos, eu creio que sim. A parte chata e triste é ver essa história se repetir todos os anos no Rio de Janeiro.

Bem, por aqui as coisas estão excelentes. Finalmente conseguimos distinguir no mercado o que é um detergente e agora sim temos lavados os pratos de forma normal. O clima só tem melhorado. Apesar da neblina constante, já não faz mais tanto frio.

Minhas crianças vão indo super bem nas aulas de inglês. Já sabem dizer ‘‘My name is..’’ e ‘‘May I go to the bathroom?”. Ah, e já contam até dez. Meu único problema é colocá-las para dormir. E quando eu consigo fazer isso, é ao mesmo tempo, um milagre e uma benção para mim. Pois enquanto elas dormem, eu posso dormir também – com direito a cama e cobertor.

A maior novidade, no entanto, é que voltei a dividir o quarto com alguém. Uma nova trainee chegou para nos fazer companhia. Ela é da Indonésia, mas veio da AIESEC na Austrália – onde ela faz faculdade. Agora somos 6 trainees. Mas por pouco tempo. A outra australiana que está aqui já está indo embora.

Por hoje é isso. Estou meio sem clima para escrever, apesar de que, meu único problema no momento, é decidir o que fazer no final de semana.

E a verdade é que quero falar com meus pais. Vou inclusive fazer um apelo: ALGUÉM POR FAVOR ENSINA MINHA MÃE A USAR O SKYPE.

E me mandem notícias, por favor.


Saudades.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Mudanças e bochechas a mais

Novas instalações

Antigas Instalações


O sol está brilhando e a temperatura finalmente começou a aumentar. Sim, chegou o fim-de-semana em Brasov. E só de coisas boas tem vivido essa brasileirinha por aqui.

Para quem já viu meu facebook e não para de me perguntar sobre a suíte branquinha e linda das fotos, é verdade: EU ME MUDEI. E não foi para um hotel 5 estrelas, apesar de parecer. Nós na verdade só fizemos subir dois andares do prédio e agora estamos instaladas – cada trainee em seu quarto, vale ressaltar – em suítes lindas com água quente, armários e aquecimento apropriado. Tem até um projeto de box no banheiro! Isso só não está melhor que morar no conforto da minha própria casa.

Ah, esqueci de contar. Na verdade descobri que a gente mora nos dormitórios de uma High School e não de uma Universidade. A AIESEC Brasov sim, fica localizada no prédio dos dormitórios de uma das universidades daqui.

E pasmem, estou ganhando dinheiro para trabalhar. Não é muito – uns R$50,00 por semana – mas já é o bastante para quem veio trabalhar de graça.

Se as coisas continuarem melhorando desse jeito, vou pensar seriamente em aumentar meu tempo de estadia nessa cidade.

Mas enfim, com tudo dando tão certo, meu humor só tende a melhorar. Hoje, depois de dormir muito, reservei o dia para passear no shopping e reforçar meu guarda-roupa novo com a moda outono-inverno.

E aí está meu único problema. Minha barriga e minhas bochechas não param de crescer. Estou engordando mais que peru às vésperas do Natal.

Bem é como eu digo, faz parte da experiência. E com certeza engordar no intercâmbio está na job de todo trainee.

Não mais sinto saudades do meu banheiro.

Saudades de usar jeans 36.